Dinâmicas territoriais e os corredores verdes como modelos de estruturação espacial urbana
Abordagens inter-relacionais na cidade de Araraquara-SP
Palabras clave:
Planejamento ambiental urbano, Corredores verdes, Dinâmicas territoriaisResumen
No Brasil, as práticas de produção da cidade revelam experiências com interesses econômicos fortemente ligados à dinâmica do crescimento urbano. O estabelecimento deste cenário favoreceu práticas de reprodução do capital por meio da especulação imobiliária, em que o espraiamento urbano proporciona a produção de novas periferias urbanizadas, que avançam sobre cinturões verdes à medida em que reservam terrenos bem localizados, vazios ou subutilizados, para extração de mais-valias urbanísticas. Nesta temática e contexto, este estudo oferece uma contribuição para o conhecimento das dinâmicas territoriais, de maneira integrada e transdisciplinar, no âmbito do planejamento ambiental urbano da cidade de Araraquara-SP. São analisados o zoneamento ambiental urbano do Plano Diretor (PD) de 2005, e suas estratégias de produção de cidade mais compacta e sustentável, assim como são detalhados o uso e ocupação nas infraestruturas verdes urbanas representadas pelos Corredores de Integração Ecológica (Ciecos). Ademais, é alçado um enfoque na evolução da mancha urbana araraquarense, e na inserção das Áreas Especiais de Interesse Social (AEIS). Os resultados apontam que, a partir de 2014, com a revogação seguida de revisão do PD de 2005, diversas áreas de controle ambiental tiveram seus parâmetros alterados, ou sofreram consideráveis reduções, tornando irresolutas as diretrizes de controle do uso e ocupação do solo. As análises evidenciam, também, estratégias expansionistas para uma região extremamente periférica, ambientalmente vulnerável, caracterizada pela segregação socioespacial de Conjuntos Habitacionais de Interesse Social (CHIS), antagonizando os preceitos do Estatuto da Cidade. Com relação ao mapeamento dos Ciecos, foi identificado que 81,6% das Áreas de Preservação Permanente (APPs) e 59,6% dos Ciecos não apresentaram características de uso antrópico recente. E as análises transdisciplinares sobre as dinâmicas territoriais, com enfoque nos Ciecos como sistemas de espaços livres e infraestrutura verde, prosseguiram evidenciando a atual conjuntura do território no âmbito de diversos campos de conhecimento da Engenharia Urbana, elencando as principais fraquezas e ameaças socioambientais do contexto urbano araraquarense, assim como forças e oportunidades intrínsecas aos Ciecos, que podem suscitar uma correção de rumo na qualidade de alavancas e motores de transformação da vida urbana.
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- 2021-12-22 (2)
- 2021-12-20 (1)
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Derechos de autor 2021 Ivan Damasco Menzori, Falcoski
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