QUALIDADE DO AR E DESIGUALDADE SOCIAL NA CIDADE DO RECIFE – PERNAMBUCO - BRASIL
DOI:
https://doi.org/10.14244/engurbdebate.v5i2.148Palavras-chave:
Injustiça Ambiental, Sensores de Baixo Custo, Poluição Atmosférica, MP 2.5Resumo
A poluição atmosférica é um dos principais problemas ambientais globais. Os danos à saúde e ao ambiente afetam a imensa maioria das regiões e população no planeta. Porém ainda existe uma grande lacuna em termos de monitoramento em especial em regiões mais pobres do planeta. Este trabalho visou contribuir com o preenchimento da lacuna de monitoramento da qualidade do ar na cidade do Recife, no Nordeste do Brasil. Através do uso de sensores de baixo custo e do uso de geotecnologias. Os resultados iniciais demonstraram que nos 9 meses de monitoramento da qualidade do ar, a cidade do Recife apresentou índices de qualidade do ar ótimos. Porém alguns dias com índices de poluição moderado e alto, levantam a necessidade de atenção aos riscos de exposição de curto prazo ao PM2,5 e outros poluentes atmosféricos. Em especial durante festividades como as juninas quando a qualidade do ar na cidade chegou a níveis insalubres. Aliados aos dados espaciais, esse monitoramento inicial demonstrou potenciais evidências de uma desigualdade da exposição à poluição do ar na cidade do Recife. Esses dados ressaltaram a importância de um monitoramento da qualidade do ar em áreas diversas, ainda que utilizando sensores de baixo custo.
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