GEOTECNOLOGIAS COMO FERRAMENTAS DE AUXÍLIO REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA

Autores

DOI:

https://doi.org/10.59550/engurbdebate.v1i1.98

Palavras-chave:

Geotecnologia, Sistema de informações geográficas, Regularização fundiária.

Resumo

A regularização fundiária é um processo que inclui medidas jurídicas, urbanísticas, ambientais e sociais com a finalidade de incorporar os núcleos urbanos informais ao ordenamento territorial urbano e à titulação de seus ocupantes. Uma das etapas do processo de regularização fundiária trata dos Estudos Técnicos para Situações de Risco, no caso de áreas de risco de escorregamento de terra nos assentamentos; e o Estudo Técnico Ambiental, sempre que o núcleo, ou parte dele, estiver em área de preservação permanente (APP), em área de conservação de uso sustentável, ou de proteção de nascentes. A utilização das geotecnologias se apresenta como uma ferramenta importante para os estudos ambientais. Desse modo o objetivo principal deste trabalho é apresentar a utilização de Sistema de Informações Geográficas, Drone e imagens de satélite no auxilio para a delimitação dos setores de risco, indicação de alternativas de intervenções para redução do grau de risco e delimitação das áreas de preservação permanente. No município de Itapevi (SP) foram mapeadas 15 áreas para regularização fundiária. Foram delimitados 40 setores de escorregamentos, 03 de solapamento de margem e 11 de inundação. Assim, 17 (dezessete) setores de risco foram classificados como Alto e Muito Alto para escorregamentos, 02 (dois) setores com Risco Alto para solapamento de margens e 01 (um) setor de risco Alto para inundação. No mapeamento de APP foram delimitados 17 setores em cursos d’água e 3 setores em nascentes.

Biografia do Autor

Alessandra Cristina Corsi, Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo, Diretoria de Operações e Negócios, Centro de Tecnologias Geoambientais.

Possui graduação em Geologia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1995), mestrado em Geociências e Meio Ambiente pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1999) e doutorado em Geociências e Meio Ambiente pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2003). Atua como Pesquisadora na Seção de Investigações, Riscos e Desastres Naturais, do Centro de Tecnologias Geoambientais, do Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo, sendo docente Mestrado Profissional do IPT, no Curso de Especialização Investigação do Subsolo: geotecnia e meio ambiente. Em 2004, participou do V Curso Internacional - Manejo de Sistemas de Información para la Mitigación de Desastres, ofertado pela Agência de Cooperação Internacional do Japão (JICA). Em 2010 participou do Programa de Capacitação no Exterior (PDCE) por meio de um projeto junto ao Serviço Geológico Americano (USGS). Tem experiência na área de Geociências, com ênfase em Sistemas de Informações Geográficas e Cartografia Geotécnica, atuando principalmente nos seguintes temas: riscos geológicos, mapeamento e gerenciamento de áreas de risco, processos de dinâmica superficial (erosão, escorregamento e inundação), cartografia geotécnica, geoprocessamento, geoestatística e Cidades Inteligentes.

Eduardo Soares de Macedo, Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo, Diretoria de Operações e Negócios, Centro de Tecnologias Geoambientais.

Possui graduação em Geologia pelo Instituto de Geociências (1981), graduação em História pela Universidade de São Paulo (1987), doutorado em Geociências e Meio Ambiente pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2001) e especialização em Ciências e Desastres Naturais pelo NIED-Japão (1995). Pesquisador desde 1981 do Instituto de Pesquisas Tecnológicas do estado de São Paulo (IPT). Ex-diretor do Centro de Tecnologias Ambientais e Energéticas. Ex-delegado brasileiro na Rede Iberoamaricana de Habitat en Riesgo (CYTED). Professor e orientador do Mestrado em Tecnologia da Habitação do IPT. Atua principalmente nos seguintes temas: gestão de riscos, riscos geológicos, riscos hidrológicos, movimentos de massa, erosão, inundação, defesa civil, plano preventivo de defesa civil, mapeamentos de risco, reurbanização de áreas, cadastro de riscos.

Marcela Penha Pereira Guimarães, Mestre em Engenharia Civil, Universidade Federal do Rio de Janeiro, UFRJ

Possui graduação em Engenharia Civil pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2011) e mestrado em Engenharia Civil pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2014) na área de Geotecnia. Trabalhou no Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo (IPT). Tem experiência na área de Engenharia Civil, com ênfase em Geotécnica, atuando principalmente nos seguintes temas: modelagem física, mapeamentos de riscos a movimentos de massa.

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Publicado

2020-12-01

Como Citar

Cristina Corsi, A., Eduardo Soares de Macedo, & Marcela Penha Pereira Guimarães. (2020). GEOTECNOLOGIAS COMO FERRAMENTAS DE AUXÍLIO REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA. Engenharia Urbana Em Debate, 1(1), 131–145. https://doi.org/10.59550/engurbdebate.v1i1.98

Edição

Seção

Geotecnia e Geoprocessamento