UMA INTRODUÇÃO AO CONCEITO DE CIDADES INTELIGENTES:
EXPLORANDO A DIVERSIDADE POLISSÊMICA
DOI:
https://doi.org/10.14244/engurbdebate.v5i2.144Palavras-chave:
Sustentabilidade, Governança, Tecnologia e InovaçãoResumo
O conceito de cidades inteligentes tem se transformado ao longo do tempo, adaptando-se às necessidades de diversos atores e processos. Essa flexibilidade, embora enriquecedora, resulta em ambiguidades que dificultam a consolidação de uma base epistemológica sólida, além de favorecer a criação de políticas genéricas e descontextualizadas. O presente estudo, com base em uma revisão bibliográfica, investiga como diferentes agentes definem e estruturam o conceito de cidades inteligentes. Empresas de tecnologia e inovação tendem a associar o termo à implementação de soluções tecnológicas no ambiente urbano, enfatizando a automação e a eficiência. Por outro lado, autores e gestores com uma abordagem mais humanista defendem que essas tecnologias devem ser incorporadas dentro de estratégias amplas, com foco na melhoria da qualidade de vida urbana, inclusão social e sustentabilidade. A diversidade de interpretações gerada por esses diferentes pontos de vista resulta em classificações distorcidas e na simplificação das múltiplas dimensões que caracterizam as cidades inteligentes. Como consequência, muitos estudos e políticas focam apenas em indicadores específicos, negligenciando aspectos fundamentais como a governança participativa, o bem-estar social e a sustentabilidade ambiental. O artigo busca, assim, contribuir para uma compreensão mais integrada e crítica do conceito de cidade inteligente.
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