TERRA, MORADIA E ALIMENTO: O ASSENTAMENTO HUMANO CONTEMPORÂNEO E A PRODUÇÃO BIODINÂMICA DE ALIMENTOS COMO AGENTES TRANSUBSTANCIADOS DA PAISAGEM
DOI:
https://doi.org/10.59550/engurbdebate.v1i1.103Palavras-chave:
Terra pública, Movimentos sociais, Produção de alimentoResumo
Atualmente, as pessoas em todo o mundo se organizam em cidades. Hoje, passamos de seis milhões para seis bilhões de exploradores de uma biosfera cuja resiliência da paisagem não pode mais ser presumida. É preciso, então, nas cidades, tentar satisfazer os múltiplos interesses humanos das mais variadas formas. Como uma das questões indutoras da investigação, delimitamos premissas para o projeto da paisagem, partindo da discussão sobre a polêmica da ausência de políticas públicas inclusivas de acesso à moradia. Efeito dessa escassez está o afastamento do Estado, e o consequente fortalecimento de movimentos sociais de luta por moradia transforma o cenário de pequenas no interior do país, como o caso de Bauru-SP. Temos como exemplo o Movimento Social de Luta dos Trabalhadores (MSLT), que defende o direito à moradia para famílias de baixa renda e busca promover o direito ao acesso à terra para a população mais vulnerável no município em questão, bem como em localidades vizinhas. Analisam-se, fundamentalmente, três aspectos, quando possível: 1. O acesso à terra como dimensão da noção de território, premissa que possibilitou uma investigação sobre as condições de acesso à moradia como espaço para a produção de alimento a partir da aproximação com assentamentos dos movimentos sociais, 2. Na mesma escala crescente é a demanda de literaturas referente a produção de alimentos associada a nutrição
para o desenvolvimento humano, 3. Em última instância a aproximação dos entes cidade e floresta para compreensão dos problemas em torno da imersão da cidade na mata de cerrado
e tirar alimento.
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